quarta-feira, 8 de maio de 2013

Fotógrafos - Marc Ferrez



Nascido no Rio de Janeiro em 1843, filho de pais franceses que moravam na cidade, Marc Ferrez é conhecido como o mais importante fotógrafo brasileiro de sua época. Foi um dos poucos profissionais do século XIX a não focar sua atividade no retrato. Ele preferia realizar trabalhos de documentação de paisagens tanto urbanas quanto rurais.

Iniciou a carreira como aprendiz na Casa Leuzinger, um dos principais ateliês fotográficos do Brasil aos finais do século XIX. Em 1870, tornou-se fotógrafo oficial da Marinha Imperial, título que lhe permitiria registrar todas as embarcações que tomariam parte da Revolta da Armada, rebelião de integrantes da Marinha contra o governo do então presidente da República, Floriano Peixoto.

Em 1875 e 1876, passou a integrar a Comissão Geológica do Império, o que lhe permitiu viajar para diversas regiões, registrando variados momentos da vida brasileira tanto para uso oficial quanto pessoal.
A serviço da estrada de ferro D. Pedro, em 1882, Ferrez esteve também pelas províncias de São Paulo, onde fotografou os portos de Santos e do Paraná, além de acompanhar a conclusão da construção da estrada de ferro Paranaguá-Curitiba, em 1879.

Tendo recebido o grau de Cavaleiro da Ordem da Rosa do Imperador Dom Pedro II, Ferrez ainda viajou algumas vezes à França e pelo interior do Brasil. Em 1890, começou a produzir fototipias (tipo de impressão fotográfica exposta ao sol), em sociedade com H. G. Lombaerts. Por meio desse processo, passou a publicar álbuns e postais, entre outros produtos.
Marc Ferrez foi o único profissional de fotografia que recebeu o título de "Photographo da Marinha Imperial", em 1880.

Ele trouxe diversas inovações tecnológicas, entre elas, introduziu no mercado as primeiras chapas secas dos irmãos Lumière, foi o primeiro a utilizar o flash de magnésio, que usou para fotografar as minas da região de Morro Velho em Minas Gerais, produziu as maiores chapas coloidais panorâmicas do mundo, com 40 cm por 120 cm, retratando paisagens brasileiras, em 1881.
Apesar de adotar mais a temática da paisagem, foi também um importante retratista, incluindo aí, fotos dos membros da família imperial brasileira, pois em 1886, realizou uma série de retratos da Princesa Isabel no Palácio das Laranjeiras.

Entre as suas publicações se encontra o Álbum da Avenida Central, onde retratou a impressionante construção da atual Avenida Rio Branco, na época chamada "Avenida Central" no Rio de Janeiro, entre 1903 e 1906.

Marc Ferrez estendeu seu interesse também ao cinema e abriu, em 1907, o cinema Pathé, na cidade do Rio de Janeiro.

Seu acervo, adquirido em 1998 pelo Instituto Moreira Salles (IMS), do seu neto, o historiador Gilberto Ferrez, soma mais de 5.500 imagens, sendo quatro mil negativos originais de vidro. Desde então, o IMS passou a organizar um trabalho de recuperação e pesquisa, cuja mostra, "O Brasil de Marc Ferrez - Fotografias do Acervo do Instituto Moreira Salles", reúne grande parte de sua obra (350 imagens, entre fotografias e originais) e foi apresentada ao público do Rio de Janeiro e no Museu Carnavalet, em Paris (França), no ano de 2005.

Em 1915, Ferrez partiu para uma estada de cinco anos em Paris, de onde retornou já doente. Morreu no Rio, em 1923, aos 80 anos.
Fonte: Brasil.gov.br e wikipedia

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