sábado, 11 de maio de 2013

Dica criativa de uso de flash

Excelente vídeo sobre utilização de flash em retratos, dica simples, mas eficiente. O vídeo está em inglês e sem legenda porém é de fácil entendimento.
Bounce flash portrait tip, get better modelling on your subject's face from bernieraffe on Vimeo.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Fotografia de bolso: a democratização da fotografia



Artigo da iStockphoto mostra como os smartphones estão assumindo o papel de principal câmera nas mãos dos consumidores. O artigo abaixo foi resumido.

Mobilidade global

Em 2013, as estimativas preveem que as vendas de smartphones superarão as de outros tipos de telefones celulares pela primeira vez. Esse dado, aliado ao uso cada vez maior da internet móvel, é sinônimo de uma grande explosão da fotografia social. Nosso país terminou março de 2013 com 264 milhões de celulares — ou seja, em cada grupo de 100 habitantes existem 133 celulares conectados.

Compartilhamento “instantâneo” de fotos ao longo dos anos

Tintype foi a primeira fotografia "instantânea": você precisava ficar completamente parado por 15 segundos (e aguardar outros 10 minutos para ter uma fotografia impressa para exibir aos amigos). Com o Google Glass, você poderá captar e compartilhar vídeos em tempo real de todas as coisas legais que você faz por aí, como pular de paraquedas ou passear no parque.


Jornalismo mobile

Os fotógrafos da revista Time usaram fotografia via celular para documentar a passagem do furacão Sandy e compartilhar as imagens imediatamente. O famoso periódico chegou até mesmo a usar um desses registros na sua capa.




(Fonte das imagens: Divulgação/iStockphoto)

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Fotógrafos - Marc Ferrez



Nascido no Rio de Janeiro em 1843, filho de pais franceses que moravam na cidade, Marc Ferrez é conhecido como o mais importante fotógrafo brasileiro de sua época. Foi um dos poucos profissionais do século XIX a não focar sua atividade no retrato. Ele preferia realizar trabalhos de documentação de paisagens tanto urbanas quanto rurais.

Iniciou a carreira como aprendiz na Casa Leuzinger, um dos principais ateliês fotográficos do Brasil aos finais do século XIX. Em 1870, tornou-se fotógrafo oficial da Marinha Imperial, título que lhe permitiria registrar todas as embarcações que tomariam parte da Revolta da Armada, rebelião de integrantes da Marinha contra o governo do então presidente da República, Floriano Peixoto.

Em 1875 e 1876, passou a integrar a Comissão Geológica do Império, o que lhe permitiu viajar para diversas regiões, registrando variados momentos da vida brasileira tanto para uso oficial quanto pessoal.
A serviço da estrada de ferro D. Pedro, em 1882, Ferrez esteve também pelas províncias de São Paulo, onde fotografou os portos de Santos e do Paraná, além de acompanhar a conclusão da construção da estrada de ferro Paranaguá-Curitiba, em 1879.

Tendo recebido o grau de Cavaleiro da Ordem da Rosa do Imperador Dom Pedro II, Ferrez ainda viajou algumas vezes à França e pelo interior do Brasil. Em 1890, começou a produzir fototipias (tipo de impressão fotográfica exposta ao sol), em sociedade com H. G. Lombaerts. Por meio desse processo, passou a publicar álbuns e postais, entre outros produtos.
Marc Ferrez foi o único profissional de fotografia que recebeu o título de "Photographo da Marinha Imperial", em 1880.

Ele trouxe diversas inovações tecnológicas, entre elas, introduziu no mercado as primeiras chapas secas dos irmãos Lumière, foi o primeiro a utilizar o flash de magnésio, que usou para fotografar as minas da região de Morro Velho em Minas Gerais, produziu as maiores chapas coloidais panorâmicas do mundo, com 40 cm por 120 cm, retratando paisagens brasileiras, em 1881.
Apesar de adotar mais a temática da paisagem, foi também um importante retratista, incluindo aí, fotos dos membros da família imperial brasileira, pois em 1886, realizou uma série de retratos da Princesa Isabel no Palácio das Laranjeiras.

Entre as suas publicações se encontra o Álbum da Avenida Central, onde retratou a impressionante construção da atual Avenida Rio Branco, na época chamada "Avenida Central" no Rio de Janeiro, entre 1903 e 1906.

Marc Ferrez estendeu seu interesse também ao cinema e abriu, em 1907, o cinema Pathé, na cidade do Rio de Janeiro.

Seu acervo, adquirido em 1998 pelo Instituto Moreira Salles (IMS), do seu neto, o historiador Gilberto Ferrez, soma mais de 5.500 imagens, sendo quatro mil negativos originais de vidro. Desde então, o IMS passou a organizar um trabalho de recuperação e pesquisa, cuja mostra, "O Brasil de Marc Ferrez - Fotografias do Acervo do Instituto Moreira Salles", reúne grande parte de sua obra (350 imagens, entre fotografias e originais) e foi apresentada ao público do Rio de Janeiro e no Museu Carnavalet, em Paris (França), no ano de 2005.

Em 1915, Ferrez partiu para uma estada de cinco anos em Paris, de onde retornou já doente. Morreu no Rio, em 1923, aos 80 anos.
Fonte: Brasil.gov.br e wikipedia

Obras - Marc Ferrez

Fotos de Marc Ferrez descrevendo a construção do sistema de água do Rio de Janeiro do século 19.
Arquivo da Biblioteca Nacional

terça-feira, 7 de maio de 2013

Cidadão Kane



Cidadão Kane

Gênero:
Drama
Direção:
Orson Welles
Roteiro:
Orson Welles, Herman J. Mankiewicz
Produção:
Orson Welles
Música Original:
Bernard Herrmann
Fotografia:
Gregg Toland
Edição:
Robert Wise
Direção de Arte:
Van Nest Polglase
Figurino:
Edward Stevenson
Guarda-Roupa:
Claire Cramer
Maquiagem:
Mel Berns, Maurice Seiderman
Efeitos Sonoros:
Bailey Fesler, James G. Stewart, John Aalberg
Efeitos Especiais:
Vernon L. Walker
Efeitos Visuais:
Russell A. Cully
Ano:1941

Sinopse

Ao morrer, um político e magnata da imprensa, diz uma palavra: Rosebud. Através de depoimentos contraditórios, tenta-se reconstituir o mistério de sua vida.

Comentários


A cada vez que os críticos se reúnem para votar o resultado é sempre o mesmo. Cidadão Kane de Orson Welles volta a se reconhecido como o melhor filme de todos os tempos. Nem há porque contestar o resultado. É um filme lendário e seminal, certamente grande parte do cinema moderno foi inspirado nele. E para seu criador, diretor, astro, produtor, Orson Welles a maldição foi ter criado sua obra prima quando tinha apenas vinte e seis anos. 


Welles havia ficado famoso no rádio com uma transmissão escandaloso de “A Guerra dos Mundos” que os americanos tinham achado que era uma invasão real de marcianos. Isso o levou a ter carta branca para fazer um primeiro filme, que acabou sendo também um projeto auto-destrutivo, quase suicida.


 Resolveu fazer uma biografia um pouco disfarçada de William Randolph Hearst, magnata da imprensa que como Kane flertou com o nazismo e tentou transformar sua amante de pouco talento Marion Davies em estrela de cinema. Logicamente Hearst não gostou e fez tudo para impedir o sucesso do filme, propôs até mesmo comprar os negativos da fita para destruí-la. Diante dessa pressão é até surpreendente que Cidadão Kane tenha sido indicado ao Oscar de melhor filme e ganhado o de melhor roteiro original.


Fracasso de bilheteria na época, era realmente ousado em seus recursos narrativos. Usava profusamente dos flash backs para reconstruir a vida secreta de quem teria sido Kane, as vezes até mesmo com depoimentos contraditórios e jornais forjados. 


Mas foi na fotografia ajudado pelo grande Gregg Toland que Welles mais experimentou. Principalmente na chamada profundidade de campo, ou seja, mostrando as figuras no primeiro plano tão nítidas quanto no fundo. Um trabalho difícil, que para conseguir isso era necessário utilizar um número enorme de refletores e por uma equipe de montadores que incluíam os futuros diretores Mark Robson e Robert Wise.


 Há outros fatores técnicos para admirar: a utilização criativa do som, os efeitos de contraluz, os elementos simbólicos – as caixas que parecem arranha-céus – movimentos criativos de câmera, o “travelling” vertical mostrando os operários reagindo à falta de talento da Sra. Kane. 


Talvez seu ponto mais fraco seja o elenco, que foi composto por membros do antigo teatro Mercury do rádio. Welles já tinha sua mania de usar excesso de maquiagem para disfarçar seu nariz pequeno. Agnes Moorehead, do seriado A Feiticeira fazia sua mãe, o futuro astro Joseph Cotten era o melhor amigo, outro futuro astro Alan Ladd fazia um dos repórteres. 


Apesar de tudo não é um filme perfeito. Certos críticos reclamam que certos personagens contam incidentes que não poderiam ter observado e o recurso psicológico de “rosebud” pode parecer piegas demais. 


Cidadão Kane é um filme díficil de se ver e talvez não seja o filme de que a gente mais goste, mas certamente é um dos melhores da historia do cinema e do século vinte.